Como o Presidente Gordon B. Hinckley enfatizou a importância do Livro de Mórmon?

O conhecimento

Ao longo de seu ministério, Presidente Gordon B. Hinckley, o décimo quinto presidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, enfatizou repetidamente a importância do Livro de Mórmon. Em agosto de 2005, Presidente Hinckley desafiou os santos dos últimos dias a lerem o livro inteiro antes do final do ano. Mais tarde, ele relatou: "É maravilhoso ver quantos cumpriram essa meta. Todos os que o fizeram foram abençoados por seus esforços. Ao mergulharem nessa outra testemunha de nosso Redentor, tiveram o coração vivificado e o espírito tocado".¹

Presidente Hinckley sempre acreditou no poder do Livro de Mórmon para mudar a vida das pessoas e trazê-las a Cristo. Quando jovem, pouco após retornar de sua missão, ele trabalhou com o Comitê de Rádio, Publicidade e Literatura Missionária da Igreja. Mais tarde, ele se lembrou de ter dito a um colega de trabalho: "Sempre pensei que faremos nosso melhor trabalho quando conseguirmos que as pessoas se interessem pelo Livro de Mórmon a ponto de lê-lo. É então que o Espírito pode dar testemunho da sua divindade".²

O Presidente Hinckley enfatizou o ensino do Livro de Mórmon em muitos de seus discursos aos santos. Embora durante seu longo ministério ele tenha tido a oportunidade de citar quase todos os livros do Livro de Mórmon, havia várias passagens que ele parecia gostar particularmente de usar. Uma delas foi o compromisso justo de Néfi de guardar os mandamentos do Senhor em 1 Néfi 3:7. Ele contou o momento em que ouviu as palavras de Néfi quando adolescente e o impacto que elas tiveram sobre ele:

Lembro-me de sentar neste Tabernáculo quando tinha quatorze ou quinze anos […] e ouvir o Presidente Heber J. Grant falar sobre sua experiência de ler o Livro de Mórmon quando criança. Ele falou de Néfi e da grande influência que ele teve em sua vida. E então, com uma voz que soa com uma convicção que nunca esquecerei, ele citou as grandes palavras de Néfi: "Eu irei e cumprirei as ordens do Senhor, porque sei que o Senhor nunca dá ordens aos filhos dos homens sem antes preparar um caminho pelo qual suas ordens possam ser cumpridas".³

Ele passou a compartilhar essa passagem inspiradora com milhares de pessoas, pedindo-lhes que adotassem as palavras de Néfi como seu próprio lema.⁴

O presidente Hinckley costumava usar as advertências proféticas de Néfi em 2 Néfi 28, a respeito das tendências malignas dos últimos dias, para aconselhar os membros da Igreja a evitar a tentação e o pecado. Ele achou as palavras de Néfi especialmente aplicáveis ao que ele chamou de "a praga da pornografia" em nossa época. Ele explicou:

Séculos atrás, Néfi previu nossos dias e disse sobre isso: "E eis que a outros ele lisonjeia, dizendo-lhes que não há inferno; e diz: Eu não sou o diabo, porque ele não existe — e assim lhes sussurra aos ouvidos até agarrá-los com suas terríveis correntes, das quais não há libertação" (2 Néfi 28:19-22). Essas são palavras interessantes e descritivas — "engana suas almas e os conduz cuidadosamente ao inferno" e "assim lhes sussurra aos ouvidos". Quão descritivo é o modo sedutor e cativante de suprir a sujeira, a violência e o mal.⁵

Para auxiliar as famílias a evitar tais males, ele advertiu os pais a criarem seus filhos "nos preceitos e na admoestação do Senhor", usando o exemplo do pai de Enos, Jacó, em Enos 1:1.⁶

Como Alma, o Presidente Hinckley ansiava por uma época em que a voz coletiva da Igreja pudesse, como a voz de um anjo, "proclamar arrependimento a todos os povos!" (Alma 29:1). Ele afirmou: "Ainda não chegamos a esse nível, mas demos um grande passo nessa direção", referindo-se às tecnologias que estavam começando a permitir que a Igreja se comunicasse mais facilmente com as pessoas ao redor do mundo.⁷

Presidente Hinckley adorava contar a história da visita do Salvador às Américas (3 Néfi 11) e a usou muitas vezes como outro testemunho da vida e do caráter de Jesus Cristo. A respeito do milagre da Ressurreição de Cristo, ele testificou:

Tudo isso é apresentado como o testemunho das muitas testemunhas nos quatro evangelhos do Novo Testamento. E há um quinto que fala com igual poder como um testemunho adicional de sua divindade e da realidade de sua Ressurreição. É encontrado neste outro testamento que chamamos de Livro de Mórmon.⁸ O Livro de Mórmon […] dá testemunho Daquele que nasceu em Belém da Judeia e que morreu no monte do Calvário. Para o mundo vacilante na fé, ele é mais uma testemunha vigorosa da divindade do Senhor.⁹

Presidente Hinckley advertiu os membros fiéis da Igreja a fazerem mais para seguir o exemplo de Cristo, conforme encontrado no Livro de Mórmon. Por exemplo, ele lembrou aos rapazes que possuem o Sacerdócio Aarônico que foi Jesus Cristo quem primeiro deu o exemplo de como administrar o Sacramento.

Foi [Cristo] quem primeiro deu àqueles a quem amava os emblemas de Sua carne e sangue e ordenou a todos que participassem deles em memória Dele e como símbolo de um convênio entre Deus e o homem (ver 3 Néfi 18:1–11; 20:3–9). Quando vocês, portadores do Sacerdócio Aarônico, administram o sacramento, estão fazendo o que Jesus fez enquanto ainda estava na carne, e o que Ele também fez quando ministrou entre os nefitas após Sua ressurreição.¹⁰

Um dos apelos mais frequentes e entusiasmados do Presidente Hinckley à ação em relação ao Livro de Mórmon foi seu desafio para que todos orassem diligente e sinceramente sobre ele para saber de sua veracidade, com base na promessa que Morôni fez em Morôni 10:3-5. Ele observou: "O Livro de Mórmon é o único livro já publicado, que eu saiba, que traz em si a promessa de que àquele que o ler em espírito de oração e perguntar na oração se é verdadeiro, será revelado, pelo poder do Espírito Santo, o conhecimento de sua veracidade".¹¹ Quando ele chamou todos para ler e orar sobre o livro, seu convite foi convincente:

Irmãos e irmãs, sem reservas, prometo-lhes que, se lerem o Livro de Mórmon em espírito de oração, não importa quantas vezes o tenham lido anteriormente, haverá uma medida adicional do Espírito do Senhor em seus corações. Uma determinação fortalecida de andar em obediência aos seus mandamentos virá, e um testemunho mais forte da realidade viva do Filho de Deus virá.¹²

O porquê

Presidente Gordon B. Hinckley foi um defensor e testemunha exemplar do Livro de Mórmon. Ele desenvolveu um testemunho profundo do livro desde muito jovem, e seu grande testemunho de sua veracidade foi nutrido por um estudo diligente. Quando jovem, Gordon tinha o hábito de estudar as escrituras consistentemente, um padrão que continuou quando ele serviu uma missão na Inglaterra.

"Quando eu era missionário, lia alguns capítulos do Livro de Mórmon todas as noites antes de me deitar", disse ele, "e foi assim que adquiri no coração a convicção que nunca me abandonou: que essa era a palavra de Deus, restaurada na Terra pelo poder do Todo-Poderoso, traduzida pelo dom e poder de Deus para convencer os judeus e os gentios de que Jesus é o Cristo".¹³

Seu testemunho do livro era firme e poderoso. Uma característica de seu testemunho foi esta declaração, dada na sessão da manhã de domingo da 176ª Conferência Geral: "O Livro de Mórmon é tudo o que afirma ser — uma obra registrada por profetas que viveram na Antiguidade e cujas palavras vieram à luz para 'convencer os judeus e os gentios de que Jesus é o Cristo, o Deus Eterno, que se manifesta a todas as nações' (Livro de Mórmon, página de rosto)".¹⁴

Presidente Hinckley foi um forte defensor da importância do Livro de Mórmon durante todo o seu longo ministério. Seu testemunho foi o seguinte: "Não há nada que possamos fazer de maior importância do que fortalecer em nossa vida individual uma convicção inabalável de que Jesus é o Cristo. […] E, meus irmãos e irmãs, esse é o propósito do surgimento deste livro notável e maravilhoso".¹⁵