KnoWhy #712 | Fevereiro 12, 2024
Como os santos dos últimos dias veem a mão de Deus na história?
Postagem contribuída por
Scripture Central
"E aconteceu que vi o Espírito de Deus inspirar outros gentios; e eles saíram do cativeiro [...] [y] foram libertados das mãos de todas as outras nações, pelo poder de Deus." 1 Néfi 13:13, 19
O conhecimento
A ideia de que Deus desempenha um papel significativo em certos eventos e acontecimentos históricos, conhecida pelo termo história providencial, é uma das ideias fundamentais das escrituras dos santos dos últimos dias; todos os livros canônicos predizem ou descrevem eventos históricos e afirmam que a mente, a vontade e a mão de Deus os influenciaram de alguma maneira orientadora. No entanto, essa ideia não é de forma alguma uma opinião bem aceita no mundo moderno.1 O ateísmo exclui a existência de Deus, o que impede pensar que Deus desempenha um papel na história; as visões deístas sugerem que Deus criou o mundo e suas leis, mas não mais interage diretamente com Sua criação. Agnósticos, céticos e até mesmo alguns crentes afirmam que, embora Deus possa guiar a história, é impossível saber quando Ele a guiou.2
No entanto, de uma perspectiva fiel e com a ajuda da revelação divina, é possível ver e afirmar que a mente e a vontade de Deus desempenharam papéis importantes no planejamento, previsão e provisão de vários meios e circunstâncias que permitirão que Sua vontade seja cumprida. Tais desenvolvimentos ordenados podem ser vistos por trás do desdobramento complexo, intencional e orquestrado de eventos surpreendentes na vida dos filhos de Deus aqui nesta terra. Chegar à essa observação composta, de que o Senhor realiza Seus grandes e maravilhosos planos divinos nos assuntos humanos, por meio de uma série de pequenas maneiras humanas e, às vezes, involuntárias é o que pode se chamar de fazer história providencial.
No Livro de Mórmon, Néfi e os profetas historiadores que o seguiram, oferecem várias descrições de como pode ser uma compreensão da história providencial.3 Por exemplo, Néfi oferece aos leitores um breve resumo providencial de eventos familiares à história moderna. Néfi previu não apenas o ministério de Cristo entre os judeus e a história dos nefitas (1 Néfi 11-12), mas também os eventos que levaram à Restauração da Igreja de Jesus Cristo e à origem do Livro de Mórmon nos dias de Joseph Smith. Ele viu uma antecipação da colonização das Américas pelos europeus, a independência dessas colônias do controle europeu, a proliferação da Bíblia entre elas, o estabelecimento da Igreja e as relações e conflitos difíceis, mas significativos, entre colonos e povos indígenas (1 Néfi 13).4
Embora esses fossem eventos futuros profeticamente discernidos por Néfi, agora são eventos históricos de uma perspectiva moderna. Isso oferece aos leitores de hoje a oportunidade de olhar para a visão antiga de Néfi através das lentes da história providencial e discernir lições importantes. Primeiro, observe a recorrência concentrada de temas como alívio da escravidão e conhecimento de Deus e Sua justiça, liberdade, responsabilidade, humildade e paz. Quando esses fatores aumentam e se unem intencionalmente na história humana, de maneiras que não parecem acontecimentos aleatórios, é razoável reconhecer que houve o envolvimento de Deus.
Por trás de tais acontecimentos, parecem estar certas leis divinas e grandes princípios, que podem ser detectados e extrapolados, a saber, que Deus capacita aqueles que são humildes para que possam ganhar liberdade, que aqueles que não têm o conhecimento de Deus tropeçarão, que aqueles que são ignorantes não são responsáveis e que os justos em geral, mas nem sempre, experimentam paz (1 Néfi 13:16, 20, 29, 32–33). Esses princípios podem ser amplamente aplicados à narrativa para explicar por que os principais eventos da história ocorreram.
Entrelaçada com esses princípios, a narrativa profética é enquadrada por promessas divinas de que Deus reunirá Israel, inclusive por meio da adoção e redescoberta de ancestrais perdidos, e que a destruição recairá sobre aqueles que habitam na terra prometida das Américas se negligenciarem Suas leis (1 Néfi 13:37-42; Éter 2:9-12). O Senhor também promete aqui que os nefitas não serão totalmente destruídos, nem os gentios estarão em ignorância perpétua, e que Deus começará a transmitir o conhecimento dos antigos leítas aos povos indígenas por meio dos gentios, construindo um relacionamento de cura recíproca após longos séculos de traumas geracionais (1 Néfi 13:30-32, 34-39).
Finalmente, Néfi prevê as consequências negativas, resultantes de gerações de apostasia entre gentios e descendentes dos lamanitas, como a ignorância dos gentios, a omissão das verdades bíblicas e os horrores que se abateram sobre os nativos americanos no processo de colonização (1 Néfi 13:14, 26-29, 32, 34). Estas não são necessariamente prescrições do que Deus desejava ou queria que acontecesse, mas são descrições do que Deus finalmente permitiu que acontecesse como consequências da maldade e apostasia.
O porquê
Vários fatores demonstram por que faz sentido falar da visão de Néfi em 1 Néfi 11-14 como um excelente exemplo da história providencial. Néfi viu em visão a mão de Deus no conjunto extremamente complexo de eventos futuros que se desenrolaram nos séculos seguintes, especialmente levando e tornando possível o aparecimento do Livro de Mórmon e a Restauração do evangelho de Jesus Cristo.
De uma perspectiva histórica, olhando para o desdobramento destes eventos, pode-se ver maneiras lógicas e significativas pelas quais Deus foi capaz de prever (Latin provideo) eventos futuros e fornecer a extraordinária confluência de circunstâncias necessárias e suficientes, que permitiram que Seus agentes escolhidos e capacitados trouxessem Seus resultados desejados.
Reconhecer e entender esses inúmeros fatores que se cruzam, pode ajudar os leitores a aplicar alguns dos mesmos princípios em ação em suas próprias vidas e nos eventos do mundo moderno para ver a mão de Deus trabalhando tanto em escala individual quanto global. O primeiro fator, e o mais importante, é a revelação. É principalmente por meio da revelação recebida por Néfi, que ele é capaz de conhecer e prever os papéis que Deus desempenhou no início da história americana e na história mundial em geral. Embora a maioria dos leitores não seja profeta, todos podem tentar usar a revelação corajosamente dada pelos profetas, para entender tanto os eventos que descrevem quanto os eventos que não são descritos, uma vez que a revelação fornece "um padrão em todas as coisas".5 O historiador Roy A. Prete observou:
Como o profeta Jacó, do Livro de Mórmon, apontou, ninguém pode conhecer as obras de Deus e Seus caminhos "a não ser que lhe sejam revelados" (Jacó 4:8). Mas os santos dos últimos dias desfrutam da luz adicional da revelação moderna, que fornece pelo menos alguma orientação sobre o papel de Deus na história. Embora Deus não tenha escolhido falar sobre todos os assuntos, e as declarações sobre Seu papel na história tenham sido fragmentárias e incompletas, as escrituras adicionais da Restauração e as declarações dos profetas e apóstolos modernos fornecem aos santos dos últimos dias, novas perspectivas sobre o papel de Deus na formação da história moderna.6
Em segundo lugar, Néfi e outros profetas do Livro de Mórmon veem a mão de Deus tanto no milagroso quanto no rotineiro. Isso contrasta fortemente com o deísmo popular nos dias de Joseph Smith.7 As Escrituras da Restauração ensinam que Deus sustenta toda a lei natural, de modo que a mão de Deus não precisa ser vista apenas em eventos que parecem desafiar a lei natural e a probabilidade (D&C 88:7-13, 41-50). Certamente, milagres de natureza extraordinária continuarão a ocorrer. Ao mesmo tempo, os santos dos últimos dias devem ver a presença de Deus em eventos e processos aparentemente comuns. Isso permite que todas as pessoas comecem a procurar uma mão divina menos em termos de probabilidades estatísticas e mais em termos de propósitos dinâmicos.
Terceiro, a mão de Deus pode ser mais facilmente vista por aqueles que conhecem os valores, verdades, convênios e declarações de Deus.8 Embora muitos aspectos da história possam permanecer misteriosos para nós, conhecer essas verdades reveladas sobre Deus pode nos ajudar a ver a direção e o significado da história.9 Quando sabemos que todas as coisas boas vêm de Deus, podemos inferir que todas as coisas boas que acontecem são aprovadas e bem-vindas por Deus, se não diretamente causadas por Ele (Tiago 1:17; Morôni 7:12).10 Quando sabemos o que Deus prometeu fazer, podemos ver os passos para cumprir Suas promessas. Desta forma, quando sabemos o que Deus previu, podemos identificar os sinais indicativos de seu cumprimento, mesmo que essas coisas sejam descritivas das consequências dos pecados, em vez de prescritivas das ações diretas de Deus no mundo.11
Em última análise, apenas os profetas podem afirmar, inequivocamente, casos concretos de causa e efeito divinos: que os eventos mundiais são desejados ou causados por Deus, em vez de serem processos naturais, causados pela ação humana ou mesmo aleatórios.12 Especulações não inspiradas podem atribuir injustamente erros à mão de Deus.13 Assim, as opiniões sobre a mão de Deus nos eventos, devem permanecer provisórias, especialmente quando o conhecimento disponível de eventos complexos originam-se de fontes puramente humanas.14 Embora devamos procurar maneiras de Deus intervir na história e em nossas vidas pessoais, nunca podemos ter certeza absoluta da intervenção de Deus sem revelação.
Da mesma forma, generalizações amplas sobre o envolvimento de Deus em eventos históricos devem ser evitadas, porque a maioria das pessoas e eventos, não pode ser facilmente classificada em uma categoria binária de bom e mau; na maioria dos casos, existem características boas e ruins, refletindo uma mistura de inspiração divina e ações e erros humanos independentes.15 Às vezes, males horríveis e eventos trágicos, como guerras e outras formas de violência, são o ímpeto para grandes avanços no progresso humano. Quando isso acontece, é apropriado ver a mão de Deus inspirando o máximo de bem possível, como um aspecto positivo de eventos que de outra forma seriam maus e horríveis, sem necessariamente assumir que Deus iniciou os próprios atos malignos.16
Néfi e outros autores do Livro de Mórmon, afirmam que Deus ama Seus filhos, toda a humanidade, e que fala com eles, os ensina e intervém em seu favor de acordo com Sua vontade.17 Portanto, não devemos nos surpreender ao ver a ocorrência do que parecem ser milagres e providência divina entre todos os povos. O Livro de Mórmon e todas as escrituras da Restauração, geralmente, ensinam sobre as leis divinas que governam a humanidade e que têm consequências se não forem cumpridas. Conhecendo esses princípios, os leitores atentos podem ver quando foram e quando não foram aplicados na história e identificar suas consequências. Ver como Néfi faz história providencial, também nos permite ver a providência hoje, vendo como as coisas boas aumentam, como o avanço da tecnologia, da democracia, da paz, da educação e, é claro, o crescimento milagroso da Igreja.18 Estudar o padrão da história providencial do Livro de Mórmon, também pode ser incrivelmente edificante para ajudar os leitores a ver a mão de Deus em suas próprias vidas. Por meio de revelação profética e pessoal, os leitores podem usar as verdades aprendidas nas Escrituras para ver quais são as consequências temporais e espirituais de suas ações, dando uma visão do papel que Deus desempenhou no fornecimento de bênçãos ou, às vezes, dos desafios necessários para aprender e crescer. Quando ocorrem eventos que nos aproximam das promessas de Deus, podemos atribuí-los diretamente à mão orientadora de Deus. Ao seguirmos o exemplo de Néfi, de ver a mão de Deus na história em nossa própria vida, seremos capazes de reconhecer mais facilmente Sua influência no futuro e até mesmo realizar as coisas que Ele deseja.
Leitura Complementar
Roy A. Prete, "God in History? Nephi's Answer", Journal of Book of Mormon Studies 14, no. 2 (2005): pp. 26–37, 71.Roy A. Priest, ed., Window of Faith: Latter-day Saint Perspectives on World History (Provo, UT: Religious Studies Center, Brigham Young University, 2005). John W. Welch, "Early Mormonism and Early Christianity", em Window of Faith: Latter-day Saint Perspectives on World History, ed. Roy A. Prete (Provo, UT: Religious Studies Center, Brigham Young University, 2005), pp. 17–38. Roy A. Priest, ed., The Divine in the Historical Narrative: A Latter-day Saint Perspective (autopublicado, 2021), godinhistory.org.1. Ver a breve história de Brian Q. Cannon sobre a história providencial dos santos dos últimos dias: Brian Q. Cannon, "Faith vs. Objetividade: Tendências na História Providencial e Mórmon", em The Divine in the Historical Narrative: A Latter-day Saint Perspective, ed. Roy A. Prete (autopublicado, 2021), godinhistory.org. 2. Como Roy Prete aponta, mesmo os estudiosos modernos fiéis "não foram capazes de relacionar a intervenção divina ao curso dos eventos humanos além dos contornos gerais do propósito divino contido na Bíblia". Roy A. Prete, "God in History? Nephi's Answer", Journal of Book of Mormon Studies 14, no. 2 (2005): pp. 26–37, 71. 3. Mórmon dá um longo resumo de sua própria civilização caída e como Deus interagiu com eles, e seu filho Morôni escreveu um resumo da civilização jaredita caída que precedeu a sua. A história de Morôni sobre os jareditas é particularmente intrigante porque, embora a história nefita se concentre nos convênios especiais feitos aos nefitas e israelitas e nos convênios da terra, os jareditas mencionam apenas os convênios da terra. LeRoy Whitehead observa que Néfi faz história secular e providencial em certo sentido, registrando tanto um relato principalmente espiritual quanto um relato político mais geral. LeRoy E. Whitehead, "The Mighty Acts of God: The Scriptural Witness of God's Involvement in Human History", em The Divine in the Historical Narrative, godinhistory.org. 4. Embora as revoluções que Néfi viu possam se referir às muitas colônias europeias na América do Sul e do Norte que conquistaram a independência, certamente inclui os Estados Unidos e geralmente tem sido interpretada como tal. Sobre os movimentos de independência no resto das Américas, ver Richard E. Bennet, 1820: Dawning of The Restoration (Salt Lake City, UT: Deseret Book; Provo, UT: Religious Studies Center, Brigham Young University, 2020), pp. 207–230. As visões dos santos dos últimos dias sobre Cristóvão Colombo, a colonização americana, a Guerra Revolucionária, a Constituição dos EUA, as relações com tribos indígenas e as implicações paternalistas do evangelismo são questões importantes e difíceis que estão fora do alcance deste artigo. Ver o artigo da Central do Livro de Mórmon, "Por que Néfi profetizou sobre Cristóvão Colombo? (1 Néfi 13:12)", KnoWhy 547 (29 de janeiro de 2020). 5. Doutrina e Convênios 52:14. John Welch descreve os insights que podemos obter comparando a preparação e o desdobramento divinos da Restauração com a dispensação de Cristo em "Early Mormonism and Early Christianity", Window of Faith: Latter-day Saint Perspectives on World History, ed. Roy A. Prete (Provo, UT: Religious Studies Center, Brigham Young University, 2005), pp. 17–38.
6. Priest, "God in History?", p. 29. Isaías afirma a transcendência e a supremacia da mente e dos pensamentos de Deus sobre todas as mentes e pensamentos humanos, mas Paulo afirma que, como servo autorizado, "temos a mente de Cristo" (Isaías 55:8–9; 1 Coríntios 2:16). 7. 2 Néfi 28:4–6; 3 Néfi 29:5–7; Mórmon 8:26; 9:15–26; Morôni 7:27–38. James E. Talmage afirma que os milagres são realmente baseados em leis que não são compreendidas e não quebram nenhuma lei da natureza, o que tem o mesmo efeito de reformular a intervenção em termos de benefícios e não de possibilidade ou probabilidade: "Os milagres não podem existir em contravenção à lei natural, mas são operados através da aplicação de leis não reconhecidas universal ou comumente. [...] No estudo dos milagres operados por Cristo, devemos necessariamente reconhecer a operação de um poder que transcende nossa atual percepção humana. Nesse campo, a ciência ainda não avançou o suficiente para analisar e esclarecer. Negar a realidade dos milagres, baseados em que, por não podermos compreender os meios, os resultados relatados são fictícios, é arrogar para a mente humana o atributo da onisciência, subentendendo-se que aquilo que o homem não pode compreender não pode existir e que, portanto, ele é capaz de compreender tudo o que existe". Talmage, Jesus, O Cristo (Salt Lake City, UT: Deseret News, 1915), p. 148–149. 8. Também é preciso ter alguma ideia dos desígnios de Deus em geral: Seus convênios e uma direção na qual o mundo está se movendo, um movimento linear. É preciso acreditar no progresso histórico para acreditar na história providencial, particularmente de maneira moral. Se um objetivo divino pode ser determinado, então todos os passos na direção desse objetivo também são, em certo sentido, divinos. Ver Alexander B. Morrison, "God in History", em Window of Faith, pp. 1–12. 9. Como disse um historiador providencial cristão: "Suponha que o processo histórico fosse conhecido em sua totalidade por um Deus que criou tanto o processo quanto as pessoas que participam dele. Agora, se esse fosse o caso, e se esse Deus entrasse na esfera humana e revelasse aos homens a origem e o objetivo do drama histórico, os critérios de significado e valor no processo, a verdadeira natureza dos participantes humanos no drama e os valores éticos apropriados para o processo, então obviamente a pergunta: 'Para onde vai a história?' poderia ser respondida com sucesso e de forma significativa. Um gigantesco Sim, você diz. É verdade, mas esse é precisamente o argumento central da religião cristã." John Warwick Montgomery, Where Is History Going? (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1969), conforme citado em Cannon, "Faith vs. Objectivity". 10. Néfi parece mencionar alguns desses valores divinos. C.S. Lewis (como citado em Cannon, "Faith vs. Objectivity") pensa que muitos historiadores providenciais desperdiçam seu tempo porque não sabem se seus valores se alinham aos valores de Deus. No entanto, com os valores em geral, Mórmon adota a abordagem de que a bondade é claramente evidente para a maioria da humanidade, embora certamente algumas coisas devam ser reveladas profeticamente (Morôni 7). Assim como alguém que tem fé em Deus deve acreditar em Sua existência e entender Seus atributos e princípios, alguém que vê a mão de Deus na história deve ter uma ideia de quais coisas são boas para que possam ser atribuídas a Deus. Ver Scott P. Esplin, "'God of the Whole Earth': The Scriptural Foundation for Providential History", in The Divine in the Historical Narrative, godinhistory.org. 11. "A presciência, no entanto, não é causalidade, uma limitação importante da história providencial." Esplin, "'God of the Whole Earth'". Por exemplo, Deus prediz o Dilúvio através dos profetas e até parece reivindicar a si mesmo como um agente, mas ele chora (Moisés 7:28-40). 12. Se a aleatoriedade física é possível é debatido tanto na mecânica quântica quanto na teologia. Se Deus é soberano sobre todas as leis e a aleatoriedade está fora da lei, então a aleatoriedade seria quando Deus não pode ou não intervém em uma situação não governada por leis; se a aleatoriedade é simplesmente nossa observação de que leis naturais desconhecidas ocorrem, então a aleatoriedade seria quando Deus escolhe não intervir diretamente contra as leis que Ele defende. Embora possamos esperar que isso resulte em Deus tendo uma preocupação insuportável com detalhes, o oposto é observado em Doutrina e Convênios, em que Deus diz repetidamente: "[A] mim não importa" (D&C 60:5; 61:22; 62:5). 13. No entanto, as escrituras muitas vezes veem o valor de um evento em seu resultado ao avaliar o criador do evento e o ato em si como baseado na intenção do ator (Alma 24:20-30); assim, a morte de Cristo pode ser uma coisa maravilhosa para ser louvada por toda a humanidade, enquanto a morte de Cristo (ou pelo menos assentir à Sua morte) faz parte do pecado imperdoável (Hebreus 6:4-8). Para abordar o problema do mal em relação à história providencial, ver Craig J. Ostler, "Earthquakes, Wars, Holocausts, Disease, and Inhumanity: Why Doesn't God Intervene?", em Window of Faith, pp. 197–211. 14.Mórmon reconhece que suas fontes podem estar um pouco erradas, mas ele não tem problema em nos apresentar as coisas como fatos prováveis sobre os quais construir a narrativa e as conclusões teológicas subsequentes (3 Néfi 8:1-2). 15. Néfi e muitos outros profetas falam das nações como identidades contínuas ao longo de séculos ou milênios através da lente dos convênios intergeracionais; as Escrituras apontam para vários casos em que a justiça dos indivíduos difere do conglomerado, implicando exceções (D&C 1:30), embora aqui Néfi generalize e se refira ao agregado. Ele fala de seus descendentes como "nós, nos dias vindouros" (1 Néfi 22:6). Embora os pecados não sejam transferidos para os filhos de seus pais, a trajetória dada pelos pais e a cultura e circunstância herdadas podem ser uma espécie de bênção ou maldição dependendo de sua moralidade, e continua sendo uma questão teológica difícil (compare Êxodo 20:5 com Jeremias 31:30; Ezequiel 18:2). 16. Ocasionalmente, indivíduos e comunidades são prejudicados por eventos que parecem providenciais para outro grupo, sem falar na colonização das Américas. Mesmo que o evento seja corretamente considerado em grande parte providencial, podemos reconhecer a complexidade da situação e, é claro, devemos ser especialmente cautelosos ao atribuir quaisquer atos destrutivos à mão de Deus. Alexander B. Morrison adverte: "Há aqueles que veem a mão de Deus nos assuntos humanos, mas acreditam que ela está sempre do lado deles. Eles e outros como eles, proclamam, são os únicos favorecidos por Deus. 'Somos o número um, eles anunciam em sua arrogância e egocentrismo religiosos. "E nós somos os melhores", afirmam, "porque Deus nos ama mais". É uma opinião, quase hesito em sugerir, que não é desconhecida entre alguns santos dos últimos dias. [...] Essa atitude imperialista, comum ao longo da história naqueles que, pelo menos por enquanto, estão no topo da pilha, obscurece a compreensão da verdade". Morrison, "God in History", in Window of Faith, p. 3. 17. 2 Néfi 26:33; 29:7–12; Alma 29:8. 18. Para discutir esses tópicos fascinantes, consulte Prete, Window of Faithe o site de Prete, godinhistory.org.